quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Soneto a Minha Mãe


Quando em ti, ainda no ventre, estava,
E ansioso, sem estar pronto ia sair,
Eis que tu, contida me seguravas,
Sabias não era hora de eu seguir.

Mas um dia viste o meu caminho,
Sabiamente empurraste-me à vida,
Mesmo ficando vazio o meu ninho
E em ti e em meu pai a despedida.

Me destes simplesmente a tua bênção,
Repartimos entre nós a saudade
Pois a distância causa grande dor.

Nas belas coisas a ti faço menção,
Fugaz tristeza, vem felicidade
Pois bate no meu peito o nosso amor.

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