sábado, 31 de outubro de 2009

Ausência


Dei-te meu coração virgem de amor
Todo cheio de afeto e confiança
Sem malicia e sem pensar na dor
Como um jardim repleto de esperança

E agora que a ausência se anuncia
Vivo sofrendo chorando de amargor
O coração coitado em agonia
Vendo partir o seu querido amor

Pensando na distancia tenho medo
Que tu faças de mim qual a criança
Deixando ao esquecimento o seu brinquedo

Oh! Não posso crer
Porque serei eternamente triste
E eternamente serás o meu amor

Dejanira Pinheiro Coelho - minha vovó Deja

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As Quatro Estações


Ainda era primavera quando eu a esperava.
Como de costume,
Os botões agora eram flores
E de suas pétalas exalava o perfume,
E de seu néctar fazia-se o mel.
Parecia tudo perfeito.
Mas o tempo foi passando e ela não veio.
E as flores murcharam e caíram.

E chegou o verão, e com ele veio o sol.
Este brilhava e iluminava,
Mas eu ainda não conseguia vê-la.
E com tanto sol, vieram as miragens,
Mas ela não estava em nenhuma delas,
Teimava em se esconder.
E assim, o sol, cansado de tanto brilhar,
Foi perdendo sua força.

E as folhas, também enfraquecidas,
Não resistiram a tanta espera,
E se desprenderam de seus ramos,
Abandonaram seus galhos, sucumbiram ao chão.
E veio o outono.
E na mesma razão em que as árvores perdiam suas folhas,
Uma parte de mim, talvez a melhor delas,
Também se perdia nesta eterna solidão.

E o tempo novamente passou,
E mais uma vez ela não veio,
Mas sim, o frio e as chuvas, e, enfim, o inverno.
Este, a cada dia que se passava sem que ela chegasse,
Ia ficando cada vez mais rigoroso e arrasador,
Destruindo sem piedade
A outra parte daquela parte
Que se perdera no outono.

Mas, foi justamente
Quando tudo parecia perdido,
Quando quase não havia mais esperança,
Pois quase não mais havia vida,
Que ela chegou,
Trazendo na mão um cobertor.
Agasalhou-me,
Amou-me...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Outono


Vejo uma árvore desnuda
De folhas caducas
A atravessar o outono
Tremendo de frio,
E apenas sorrio.
Por trás de um suposto abandono
Percebo seu grande exemplo:
Sobreviver por um tempo.
O outono não é eterno.
Nem o inverno.
E depois desta espera
Que muito lhe causa dor
Virá a primavera
E de novo sua flor.

E se ao olhares
Esta árvore desnuda,
De folhas caducas
A atravessar o outono,
Tremendo de frio
Em suposto abandono,
E a imaginares
Repleta de flor,
Como numa manhã de primavera,
Estará tua vida em cor,
E mais te espera:
Estará repleta de amor.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Controversa



A vida
É assim um tanto controversa,
E causa certa ilusão:
É possível se encontrar oásis no deserto
E morrer de sede no oceano,
Numa grande contradição.
Por certo,
Sendo assim tão controversa,
É que na vida versa,
Ano a ano, o sonhador:
Que é capaz de viver a vida toda
À procura da flor,
E ao achá-la, morrer de amor!

domingo, 25 de outubro de 2009

Chamo-te


 
Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.

Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.

Há muitas coisas que eu quero ver.

Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz precipitado.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Olhos Negros




Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, — mais doce que o nauta
De noite cantando, — mais doce que a flauta
Quebrando a solidão,

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.

São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,
Inquietos, travessos; — causando tormento,
Com beijos nos pagam a dor de um momento,
Com modo gentil.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Às vezes luzindo, serenos, tranquilos,
Às vezes vulcão!

Às vezes, oh! sim, derramam tão fraco,
Tão frouxo brilhar,
Que a mim me parece que o ar lhes falece,
E os olhos tão meigos, que o pranto umedece
Me fazem chorar.

Assim lindo infante, que dorme tranquilo,
Desperta a chorar;
E mudo e sisudo, cismando mil coisas,
Não pensa — a pensar.

Nas almas tão puras da virgem, do infante,
Às vezes do céu
Cai doce harmonia duma Harpa celeste,
Um vago desejo; e a mente se veste
De pranto com um véu.

Quer sejam saudades, quer sejam desejos
Da pátria melhor;
Eu amo seus olhos que choram em causa
Um pranto sem dor.

Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.

Gonçalves Dias

Nasci-te



No meu ventre de mulher cresceu teu feto
e foi a minha boca que te deu palavras
e silêncios para tu gritares

Dos meus braços multipliquei teus braços
e dei distâncias para tu voares

Dei-te tempos-de-nada
medidos de coragem

E foste. E és.


Manuela Amaral - Poetisa portuguesa

* Homenagem e reconhecimento a minha mãe.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Soneto ao Meu Amor XIII


Navega-me o corpo em mar aberto
Em açoites de ondas e marés
Assim sou oceano e és por certo
Um barco inamissível de mil pés

Desliza-te teu casco com firmeza
Minhas ondas agora são espuma
Que te invade com alma e pureza
Enquanto a brisa sopra-te a bruma

Lá no encontro do mar com o horizonte
Ouve-se o apagar do sol aflito
Ao emprestar à lua, a luz da fonte

E na espera de um novo amanhã
Sigo-te o leme rumo ao infinito
Derramo-me, em ti, catamarã

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Mudança


Hoje acordei diferente.
Talvez mais velho,
Ou um pouco mais experiente.
Talvez mais sábio,
Ou um pouco mais consciente.
Talvez mais calmo,
Ou um pouco mais paciente.
Talvez mais culto,
Ou um pouco mais inteligente.
Talvez mais teimoso,
Ou um pouco mais persistente.
Talvez menos puro,
Ou um pouco mais indecente.
Mas tudo isso não importa,
O que importa realmente,
É que não sou mais aquele menino inocente.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Amor e Amizade



Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos os sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare

*Recebi esta mensagem do meu amor e amiga. E paixão!

Soneto ao Meu Amor XII


A rosa que de ti perfume exala
Mais bela que de todas já surgiu
Enche-me de vontade de regá-la
E cuido para ser-lhe tão gentil

É linda no buquê que se compõe
Pétalas entreabertas e vermelhas
Formosa no favor que se dispõe
Ao abrir o botão de suas celhas

Regada toda noite ao orvalho
Habita o melhor canto do jardim
E abraça a madrugada no seu galho

Só posso admirá-la com fervor
De certo foste tu que deste a mim
Minha prova, como a rosa, de amor

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quarto Crescente



Ando,
Vago,
Absorto no mundo,
Divago.
Manco,
De dor,
Suplico um remédio,
Uma flor.
Vagabundo,
Sem par.
O tédio
A me acompanhar.
Quem diria?
O sol
Já nasceu
E se foi.
E a noite
Desceu
E foi fria.
O céu
Renova
Noite a noite
Sua teia
De estrelas.
Belas,
Supernovas.
A lua
Descrente
Foi nova
Foi quarto
Foi cheia.
E no teu quarto
Eu me acho.
Crescente,
Capacho.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Dia das Crianças





Hoje é Dia das Crianças!
E nada na vida se compara a ser criança.
Nada é tão alegre, espontânea, sincera e representa tão bem a vida como uma criança.
Acho que temos a chance de viver a vida três vezes: como filhos, como pais e como avós.
Como filhos somos crianças, como pais achamos que ensinamos as crianças, e imagino que como avós vejamos que fomos nós que aprendemos com as crianças.
Como filho fui criança, e vivi a vida como deveria viver.
Como pai acho que ensino muito a minha filha, mas aprendo a cada dia com ela.
Faz parte do caminho natural da vida o crescimento, o amadurecimento e o envelhecimento.
Mas se pudermos estar sempre com uma criança dentro de nós, também fará sempre parte deste caminho o rejuvenescimento.
Agradeço aos meus pais por terem me permitido ser criança e a minha filha por me rejuvenescer a cada dia e me ensinar que a vida tem que ser vivida com fervor.

Feliz Dia das Crianças meu amor!

"S" de Socorro



É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar

É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!

Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar
É isso aí!

Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Eu Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar

(Ana Carolina)

* Uma homenagem da vovó Socorro a pequena Giulia por seu dia!

sábado, 10 de outubro de 2009

Soneto ao Meu Amor XI


Bebo-te um pouco em todas as noites
E espero que tua fonte nunca seque
Como a chuva, que cai com seus açoites
E cobre sempre a terra com seu leque

E é quando a noite dobra-se de frio
Molhada dessa chuva na janela
Que mais vontade dá-me ao desafio
De beber-te a boca, ardente e bela

Tomo-te então nos braços com desvelo
Do teu corpo são minhas mãos devotas
E preparo-te assim pura, sem gelo

Bebo-te o cálice tinto de cor
E chove-te então tua pele em gotas
Numa noite fria, quente de amor

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Soneto ao Meu Amor X



Só dos meus lábios hás de ter os beijos
Nas travessuras das noites eternas
A transformar o teu corpo em desejos
Loucos de enfim confundir nossas pernas

Só das minhas mãos hás de ter carícias
A te sentir qual te sente o vestido
A te tocar no teu corpo em primícias
Antes de tê-lo em meus braços despido

Só do meu corpo hás de ter calor
A te aquecer toda noite de frio
E a te cobrir n’outras noites de amor

Só deste amor é que hás de viver
Eternamente neste desvario
E só do meu amor hás de morrer

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sonhos


Sonho sempre contigo.
Às vezes sonho só contigo,
E eu nem estou lá.
Mas tu estás.
Mas nunca sonho comigo,
Sem estar contigo.

Eu que sou feio, sólido, leal



Eu que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa de um café devasso,
Ao avistar-te, há pouco fraca e loura,
Nesta babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorrestes um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.

«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.

Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez que não o suspeites! -
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.
...
Soberbo dia! Impunha-me respeito
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de sossego,
Desejava beijar o teu peito.

Com elegância e sem ostentação,
Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma de padres de batina,
E de altos funcionários da nação.

«Mas se a atropela o povo turbulento!
Se fosse, por acaso, ali pisada!»
De repente, parastes embaraçada
Ao pé de um numeroso ajuntamento,

E eu, que urdia estes frágeis esbocetos,
Julguei ver, com a vista de poeta,
Um pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.

E foi, então que eu, homem varonil,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.

Cesário Verde

Arrojos



Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas,
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas.

Se ela deixasse, extático e suspenso
Tomar-lhe as mãos "mignonnes" e aquecê-las,
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o lume das estrelas.

Se aquela que amo mais que a luz do dia,
Me aniquilasse os males taciturnos,
O brilho dos meus olhos venceria
O clarão dos relâmpagos nocturnos.

Se ela quisesse amar, no azul do espaço,
Casando as suas penas com as minhas,
Eu desfaria o Sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.

Se a Laura dos meus loucos desvarios
Fosse menos soberba e menos fria,
Eu pararia o curso aos grandes rios
E a terra sob os pés abalaria.

Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a Lua afogaria nos meus braços.

Se ela ouvisse os meus cantos moribundos
E os lamentos das cítaras estranhas,
Eu ergueria os vales mais profundos
E abateria as sólidas montanhas.

E se aquela visão da fantasia
Me estreitasse ao peito alvo como arminho,
Eu nunca, nunca mais me sentaria
Às mesas espelhentas do Martinho. 


Cesário Verde

Cesário Verde




José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa, em 25 de Fevereiro de 1855.

Filho do lavrador e comerciante José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos Verde, Cesário matriculou-se no Curso Superior de Letras em 1873, frequentando por apenas alguns meses o curso de Letras. Ali conheceu Silva Pinto, grande amigo pelo resto da vida.

Dividia-se entre a produção de poesias (publicadas em jornais) e as atividades de comerciante, herdadas do pai.

De poesia delicada, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, seus cenários prediletos. Evitou o lirismo tradicional, expressando da forma mais natural possível.

A supremacia exercida pela cidade sobre o campo leva o poeta a tratar estes dois espaços em termos dicotómicos. O contacto com o campo na sua infância determina a visão que dele nos dá e a sua preferência.

Deambulando pelos dois espaços, depara com dois tipos de mulher, que estão articulados com os locais. A cidade maldita surge associada à mulher fatal, frígida, frívola, calculista, madura, destrutiva, dominadora, sem sentimentos. Em contraste com esta mulher predadora, surge um tipo feminino, por exemplo em "A Débil", que é o oposto complementar das esplêndidas aristocráticas, presentes em poemas como "Deslumbramentos" e "Vaidosa". Essa mulher é frágil, terna, ingénua e despretensiosa.

Outra perspectiva nos é mostrada da mulher (desfavorecida) no campo . A vendedora em "Num Bairro Moderno", ou a engomadeira em "Contrariedades" mostram as características da mulher do povo no campo. Sempre feias, pobres e por vezes doentes, ou em esforço físico, as mulheres trabalhadoras são objecto da admiração de Cesário.

Podemos afirmar a sua aproximação a várias estéticas. Assim, se se tiver em conta o interesse pela captação do real, pelas cenas de exterior, por quadros e figuras citadinos, concretos, plásticos e coloridos, é fácil detectar aqui a afinidade ao Realismo.

A ligação aos ideais do Naturalismo verifica-se na medida em que o meio surge determinante dos comportamentos.

Pela objectividade dos temas, baseados na natureza e no quotidiano, assim como pelas formas exatas e corretas, podemos ver afinidades com o Parnasianismo. 

Em 1877 lhe começou a dar sinais a tuberculose, doença que já lhe tirara o irmão e a irmã. Estas mortes servem de inspiração a um de seus principais poemas, Nós (1884).

Tenta curar-se da tuberculose, sem sucesso; vem a falecer no dia 19 de Julho de 1886.

No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde (disponível ao público em 1901), compilação de sua poesia.

sábado, 3 de outubro de 2009

Rio 2016 - Boas Notícias para o Tênis




Com a eleição do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil pode finalmente ganhar um centro específico para o tênis.

Está nos planos da candidatura carioca a construção do Centro Olímpico de Tênis, que segundo os organizadores ficará de legado para que o Brasil possa utilizá-lo após as Olimpíadas como centro de treinamento e para a instalação de grandes eventos de tênis.

Projeto do Complexo de Tênis


Ultimamente o tênis revelou uma sintomática tendência: o país sede dos Jogos Olímpicos leva também um grande torneio. A China organizou o Masters Cup, até a realização da Olimpíada de Pequim, e agora Londres, que será sede das Olimpíadas de 2012, tem seu primeiro ano do Masters Cup.

Outra possibilidade é um torneio menor que o Masters Cup, como um Master 1000 ou um Master 500. Atualmente só temos um torneio do nível ATP, que é o Brasil Open - ATP 250, realizado anualmente na Costa do Sauípe - BA, no mês fevereiro. Torneio este que já teve dois #1 do mundo como campeões: Guga em 2002 e 2004 e Rafael Nadal em 2005.

O projeto olímpico prevê a construção de um complexo com um total de 16 quadras, sendo a principal delas com capacidade de abrigar 10 mil espectadores. Também haverá uma quadra secundária para 5 mil torcedores e outra para 3 mil. As demais terão capacidade de 250 pessoas.

O Centro Olímpico de Tênis ficará em uma área de 10 hectares (10 mil metros quadrados), onde atualmente se encontra o Autódromo de Jacarepaguá, ao lado da Arena Olímpica e do Centro Aquático Maria Lenk, que foram construídos especialmente para o Pan e também abrigarão os Jogos Olímpicos de 2016.

Soneto ao Meu Amor IX



Escrevo-te amor meu para dizer-te
Que a mim só resta dar-te um ultimato
Pois nada é nessa vida como ter-te
Quando meu corpo tem o teu contato

Sê tu destes meus sonhos o espelho
Sê tu meu rosto sempre inesquecível
Sê tu na hesitação o meu conselho
Sê tu do meu sorriso o imprevisível

Sê tu estes meus olhos quando choram
Sê tu destes meus passos o caminho
Sê tu estes meus joelhos quando oram

Sê tu este meu instinto mais lascivo
Sê tu todo calor do amor do ninho
Sê tu a razão maior por qual eu vivo

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

2016 é no Rio!!! Sede Maravilhosa!!


O Rio de Janeiro parece mesmo em estado de graça. Pelo menos no âmbito de grandes eventos esportivos.
  1. Primeiro foram os Jogos Panamericanos de 2007.
  2. Depois o direito de realizar a final da Copa do Mundo de futebol em 2014 que será no Brasil.
  3. E hoje, com mas uma vitória esmagadora,  sediará os Jogos Olímpicos de 2016.
Rio: de braços abertos para o mundo


Direto de Copenhague na Dinamarca, o mundo assistiu a disputa das 4 cidades finalistas: Rio de Janeiro, Madrid, Chicago e Tókio.




Nas duas primeiras votações, duas cidades foram sendo eliminadas: inicialmente Chicago e depois Tókio voltaram mais cedo pra casa.

Na final restaram apenas Rio de Janeiro e Madrid. E por 66 x 32 votos, o Rio ganhou o direito de realizar as Olimpíadas de 2016, que pela primeira vez será realizada na América do Sul.

Parabéns Rio, parabéns Brasil.

Rio loves you



Hoje deve ter samba


À partir de amanhã, muito trabalho.