domingo, 2 de agosto de 2009

Do Foro Romano ao Foro Itálico

- Texto escrito em Maio/09 para o Blog do Paulo Cleto

Este final de semana estou em Roma com minha esposa Tâmara. Chegamos no sábado à tarde, e fomos logo descobrir a beleza e a história milenar do Coliseu, Palatino e Foro Romano. Ao anoitecer, fomos a Fontana de Trevi, onde joguei uma moeda e meu desejo foi conseguir ingressos no outro dia para a grande final do Master 1000 de Roma, pois já estavam esgotados pela internet há algum tempo.

No domingo pela manhã, abro o jornal e encontro a seguinte manchete: “Roger Federer non è pui il maestro del tennis mondiale”. Mais emblemática impossível, e a final seria entre Rafael Nadal e Novak Djokovic.

Após algumas visitas a outros monumentos históricos, e pontualmente ao meio dia, estávamos na Praça de São Pedro, magnífica obra de Bernini, junto aos milhares de fiéis, esperando a benção do Papa. Bom, advinha qual foi um dos meus pedidos!?

De lá, foi só pegar um ônibus e chegar rapidinho ao Foro Itálico, onde se realizaria a grande final. Logo na bilheteria um cartaz quase tirou minhas esperanças: “Finale Masc. Sold Out”. Mas antes que eu pudesse pensar alguma coisa, uma senhora me ofereceu para comprar ao preço de custo (33 euros cada), seus dois ingressos da Tribune Distinti Tevere, para a grande final. Milagres acontecem, ainda mais em Roma!

Il primo piatto” a final masculina de duplas entre os Bryan brothers x Nestor/Zimonic e “il secondo piatto” a de simples entre Nadal x Djokovic. O interessante é que teve sérvio nas duas partidas. Dois jogos, duas histórias.

A quadra central é magnífica, com arquibancadas de mármore, que recebem o complemento das de alumínio especialmente para o torneio. Como os jogos de duplas não são televisionados, não estamos acostumados a vê-los no dia a dia, no nível top, e o jogo se tornou bastante interessante. Os pontos são extremamente rápidos, praticamente não há troca de bolas, e não existe vantagem na igualdade, o que torna o jogo bem mais rápido ainda. Acho que os caras nem suam. Bom, deu Nestor/Zimonic em 2 sets a 0. Bom sinal para a Sérvia?


Já na final de simples, a quadra estava completamente lotada. Rafa Nadal entrou ovacionado, mas Djokovic também teve muita torcida. Nadal começou com tudo, como sempre, conseguindo logo uma quebra, e sacou para fechar o set no 5×4 e no 6×5, mas incrivelmente falhou nas duas, e o 1º set foi para o tie-break, com vitória de Nadal por 7 x 6 (2). É incrível como apesar do set ter sido equilibrado, Nadal parecia sempre com o controle do jogo, e Dojokovic sempre correndo atrás.

Era nítido que quando os pontos se alongavam Nadal levava sempre vantagem, restando a Djokovic ser 100% agressivo, para tentar encurtar os pontos e neutralizar a superioridade do espanhol. O problema é que a bola dele é muito reta, sem ângulos, sempre no meio da quadra, bastando que Nadal dê um ou dois passos para o lado para bater na bola, sempre tentando angular, procurando as linhas, deslocando Djokovic, tal qual um pêndulo, para um lado e para o outro. E isso cansa o adversário.

E não deu outra, no 2º set, com duas quebras, o número 1 do mundo vence pela 4a vez o Master 1000 de Roma, ultrapassa o número de Master 1000 de Federer e segue em busca de novos recordes.



E nós saímos com um troféu de Roma!



Eu não sei como terminou a transmissão do jogo na TV, então para registrar, após a premiação a cerimonialista perguntou a Nadal duas coisas:

- Se você jogar uma moeda na Fontana de Trevi, qual seu pedido?
- Nadal: isto é segredo!
- Qual seu artista italiano preferido?
- Nadal: Bernini.

E para Djokovic ela pediu que ele imitasse Rafa Nadal. Com a permissão do Rei de Roma, foi prontamente atendida.


Abraços da Cidade Eterna,

Até a próxima!


2 comentários:

  1. Estelita

    Já vários comentários seus lá no blog do Cleto. Hoje, voltando para casa depois de um final de semana fora, fui dar uma olhada no meu blog e vi sua visita lá.

    Eu escrevo poesias desde 1979 e este ano estou montando um CD de músicas, usando as letras dos poemas já escritos.

    A minha filha mais velha ganhou um poema pouco depois de nascer, mas a menor não tinha nenhum.

    O poema que você deve ter lido, da Carolina, foi feito há pouco tempo e também vai integrar o CD.

    Quando os arquivos musicais da gravação estiverem prontos, serão disponibilizados no blog e aí, caso você queira, poderá ouvir.

    Mas uma coisa eu te garanto, pois foi unânime de todos que ouviram antecipadamente: a música da Carol ficou realmente muito bonita!

    Abraços e até a próxima, lá no Cleto ou por aqui!

    Flávio B.

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  2. Valeu Flávio, estou escrevendo um livro de sonetos para minha filha. Aquele foi o primeiro, mas já tem mais alguns. Aos poucos vou postando aqui. Com certeza quero ver como ficou a música da sua Carol.

    Como vc falou, filhas são filhas!

    Pensei em pedir para alguem musicar o poema Tâmara, que fiz pra minha esposa, que vc pode conferir ali ao lado. Um dia farei com certeza. Mas também não sei se tem musicalidade nele!

    Até a próxima!

    Abçs

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