sábado, 10 de outubro de 2009

Soneto ao Meu Amor XI


Bebo-te um pouco em todas as noites
E espero que tua fonte nunca seque
Como a chuva, que cai com seus açoites
E cobre sempre a terra com seu leque

E é quando a noite dobra-se de frio
Molhada dessa chuva na janela
Que mais vontade dá-me ao desafio
De beber-te a boca, ardente e bela

Tomo-te então nos braços com desvelo
Do teu corpo são minhas mãos devotas
E preparo-te assim pura, sem gelo

Bebo-te o cálice tinto de cor
E chove-te então tua pele em gotas
Numa noite fria, quente de amor

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