segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Coluna Jornal de Jequié: Recordar é Viver...


A primeira vez que vim a Jequié foi no São João de 2002. Naquele ano, vindo de Fortaleza, tinha acabado de chegar a Salvador para cursar a Residência Médica de Otorrinolaringologia. Lá conheci minha esposa, Tâmara, também médica e na época também residente de Otorrinolaringologia. O convite partiu exatamente dos meus sogros Carlos e Virgínia. Acho que os “Ferraro Almeida” escolheram muito bem minha data de estréia na Cidade Sol. Se o objetivo era me “seduzir” não sei, mas conseguiram.

Jequié sem dúvida é uma cidade linda. Cercada de montanhas, de mata, de verde, de natureza, Jequié transmite paz. Em poucos dias, num “city tour” intensivo, fui apresentado ao Jequiezinho, ao Centro Industrial, ao Clube dos Maçons, ao Tênis Clube, a Igreja Matriz, aos vários Hospitais, ao Rio de Contas, a Barragem de Pedras, a fazendas, e, enfim, ao São João de Jequié. Uma festa magnífica, uma alegria contagiante, seja nas casas dos amigos, seja nas ruas e praças, seja nos shows ao ar livre, seja nos forrós privados.

Mesmo tendo sempre morado num centro urbano como Fortaleza, passei grande parte de minha infância e adolescência indo muitos finais de semana e feriados para a fazenda do meu pai, em Capistrano, interior do Ceará. As lembranças do São João, das fogueiras, dos fogos, das bombas “rasga-latas”, do milho cozido e assado, da canjica, da pamonha, trouxeram minha infância de volta, me rejuvenesceram. E não há nada melhor que a juventude. A partir daí, Jequié entrou na minha vida e nunca mais saiu. Entre idas e vindas nas várias visitas que se seguiram, pensei ter conhecido todas as belezas de Jequié, mas estava enganado.

Em 2005, já casados, e após termos concluído nossa residência médica, aceitamos o convite de estabelecer nossa morada e montar nossa clínica na Cidade Sol. Foi aí que conheci a verdadeira e a maior beleza de Jequié: seu povo. Um povo hospitaleiro, simpático, alegre, amigo. Rapidamente o forasteiro estava freqüentando casas de amigos, batendo papo com os vários cearenses que aqui vieram parar, jogando tênis, batendo “baba”, sendo cumprimentado na rua. Estes sentimentos foram compartilhados e confirmados por todos que vieram me visitar e visitar Jequié: meus pais, Valnir e Socorro, minha tia Sidênia, alguns amigos como o Bispo Dom Gregório, que unanimemente apontaram a receptividade e a simpatia do jequieense como coisas extraordinárias.

Hoje, algumas festas de São João depois, aqui estou. Tenho orgulho de morar e trabalhar em Jequié, e levo o nome desta cidade aonde vou. Tal é este orgulho que fiz questão de meus filhos nascerem aqui. Se minha pequena Giulia e meu pequeno Matheus carregarem por toda vida a garra do cearense e a simpatia do jequieense, serão imbatíveis! Trouxe também minha irmã, Ana Karyna, médica pediatra para aqui morar e trabalhar. Meus pais virão em breve.

Sinto falta da minha Fortaleza, do meu Fortaleza Esporte Clube, mas me sinto em casa em Jequié. Ouso dizer que se nada mais aqui houvesse de novo, Jequié seria sempre bela, pela beleza de seu povo.

Parabéns Jequié, por mais um aniversário!

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