quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Outono
Vejo uma árvore desnuda
De folhas caducas
A atravessar o outono
Tremendo de frio,
E apenas sorrio.
Por trás de um suposto abandono
Percebo seu grande exemplo:
Sobreviver por um tempo.
O outono não é eterno.
Nem o inverno.
E depois desta espera
Que muito lhe causa dor
Virá a primavera
E de novo sua flor.
E se ao olhares
Esta árvore desnuda,
De folhas caducas
A atravessar o outono,
Tremendo de frio
Em suposto abandono,
E a imaginares
Repleta de flor,
Como numa manhã de primavera,
Estará tua vida em cor,
E mais te espera:
Estará repleta de amor.
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