sábado, 1 de outubro de 2011

Irmão


( É água corrente à tristeza
....É pedra de brilho raro
......Com toda nudez da beleza )

Vem no abraço a alegria,
Vem nele viver mais que um dia,
Vem mais que alem, mais um passo,
Vem no abraço um-demais.

Sem um abraço, um afeto
Sem a feitura do gesto
Sem um ao outro, o enlace
Sem nada, se morre ao que nasce.

Então me tome nos braços,
Então, no abraço me guarde,
Então já nos braços do abraço,
Então, nesse afeto hei o prumo
Então sem mais tempo, espaço,
Então e assim, creio o rumo!

E se não puderes dar tanto,
E se eu não souber o seu pranto,
E também não souberes o meu,
E se, se ao menos porque,
E se não puderes o abraço...

Me dê tua mão, em afeto
Me dê neste afeto um consolo,
Me dê um alívio, esse gesto
Me dê! Mas se não podes, a mão,
Me dê um olhar que sorri,
Me tome nos olhos, e dali
Me faça ao coração
Me ensine, aponte um caminho,
Me leve. E a findar meu sozinho
Me dê de você um Irmão.

 
Glads

Um comentário:

  1. Irmãos não passam em branco. Leitura feita, prazer sentido e placar do "comentários" saindo do zero, imediatamente ...

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