Recentemente, duas reportagens em diferentes veículos da imprensa nacional me deixaram bastante feliz e esperançoso.
A primeira foi veiculada pela Veja no primeiro dia deste mês. Em um levantamento da revista, dos 226 municípios médios do Brasil que não são capitais, Jequié mereceu grande destaque no setor do comércio, ocupando o 15º lugar de todo o Brasil no que diz respeito à média anual de evolução do PIB entre 2002 e 2007, com uma média de 6,6%/ano. Apenas 2 municípios baianos tiveram melhor desempenho: Lauro de Freitas, em 2º lugar com média de 11,9%/ano e Vitória da Conquista, em 7º lugar com 8,6% de média anual.
Observem que os dados são até 2007, não tendo como avaliarmos se estes números se mantiveram, pioraram ou melhoraram. Mas o fato é que Jequié cresceu, e está crescendo a olhos vistos, certamente nem tanto como poderia e deveria, mas está crescendo. É só olharmos, além do desenvolvimento do comércio, com várias lojas de departamentos se instalando na cidade, a explosão na cidade da construção civil, e o crescimento daquilo que eu considero um grande trunfo e marcador de progresso de qualquer cidade: a evolução da atenção médica.
Vários serviços médicos, públicos e privados, foram e estão sendo criados em Jequié, atraindo cada vez mais especialistas, de várias áreas, até então inexistentes na cidade, no início de uma longa, contínua, mas vitoriosa caminhada na melhoria da oferta de saúde. Junte-se a isso, a recém criada Faculdade de Medicina da UESB, além do hospital que será construído pela Santa Casa de Misericórdia da Bahia para atenção materno-infantil.
E é justamente aqui que entra a outra matéria, veiculada pelo Jornal Nacional do dia 20/09, no JN no Ar, sobre Barbalha, uma emergente cidade do estado do Ceará com 60 mil habitantes. Aqui valem algumas considerações: localizada a 530km de Fortaleza, a Terra dos verdes canaviais forma junto com Juazeiro do Norte e Crato a promissora região do Cariri. Por coincidência, Barbalha tem o mesmo Santo Padroeiro de Jequié – Santo Antônio, e sua maior festa é justamente em 13 de junho. Além disso, Barbalha é a terra natal de minha mãe e fez parte da minha vida por vários anos, durante os períodos de férias na infância e juventude.
Eis que então, aquela cidade que não vejo há mais de 10 anos, e na qual vivi saudosos momentos, tem destaque no cenário nacional na área médica. Ela é sede da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, que trouxe grandes avanços na Medicina da cidade, inclusive com serviços de transplantes de órgãos, hospital do coração, serviço de oncologia, nos vários hospitais públicos e privados. É importante frisar, que na cidade vizinha de Juazeiro do Norte, a menos de 10km de distância, há outra Faculdade de Medicina, sendo esta da Universidade Estadual do Ceará. É um claro exemplo que duas Faculdades de Medicina podem coexistir em cidades tão próximas.
Como qualquer cidade do interior, Barbalha sofreu durante anos com o privilégio sempre dado às grandes capitais no que diz respeito à distribuição de verbas. Mas venceu e hoje é exemplo. E com certeza Jequié também sofreu e ainda sofre com a falta (ou a má aplicação) de recursos. Mas também tenho certeza vai vencer e que em pouco mais de 10 anos vai ser exemplo nacional de assistência médica.
É incrível perceber que Jequié já teve 2 governadores da Bahia, o último bem recentemente, tem senador, tem deputados, enfim, tem e sempre teve representantes e expoentes políticos. Não se concebe, portanto, Vitória da Conquista que já foi bem menor do que Jequié, andar em escala geométrica, enquanto Jequié engatinha em escala aritmética.
Jequié cresceu, mas pode mais, seu povo, do qual já me sinto fazendo parte, precisa e merece mais. E o momento é propício. É hora de todas as grandes, antigas e atuais lideranças políticas de nossa cidade dar as mãos em prol do bem comum, em prol de nossa cidade.
É hora de união. Ou não?
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