segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Travessia


E lá no céu de lá, subiram o céu além.
Inconseqüente, a mais, no forma de erguê-lo.
Caiu o céu no chão, caiu no chão de quem
Devia tê-lo em mãos, na ordem de mantê-lo.

E cá, no céu de cá, no meu que toco a vida.
Aquém, desceram tanto, abaixo da decência,
Deitaram em piso sujo, sangraram a ferida
Deixaram a céu aberto, exposta a decadência.

Dizei-me, se puderes, você que escolheu
Fazer a ponte em tempo, e foste à travessia.
Caber-se-ia a culpa, do céu que não é seu,
Após cair a ponte, na sua companhia?

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