sábado, 28 de agosto de 2010

Coluna Jornal de Jequié: Porque a Rinite Alérgica piora com o Frio?


Apesar de não termos as quatro estações do ano bem definidas em nossa região, é muito comum e freqüente neste período de frio e chuva um aumento significativo dos sintomas alérgicos respiratórios. Embora o inverno seja uma das épocas mais charmosas do ano, para cerca de 40% da população é sinônimo também de piora ou desencadeamento da rinite alérgica e/ou asma.

A rinite é causada por uma reação inflamatória exacerbada do organismo aos alérgenos, ou seja, substâncias que provocam alergia. Alergia, na realidade, não significa falta de defesa do organismo, pelo contrário, é uma defesa exagerada contra agentes que não são potencialmente agressivos ao ser humano. Ou seja, uma pessoa alérgica é aquela que é hiperreativa a determinada substância que para uma pessoa normal não despertaria nenhuma resposta.

O sistema imunológico das pessoas alérgicas, por características genéticas, interpreta que determinada substância é tóxica, e que ele precisa proteger o organismo de sua entrada. É por isto que algumas pessoas, convivem normalmente com fatores que causam a alergia sem ter sintomas, ao passo que outras pessoas ao entrarem em contato com as mesmas substâncias podem ter rinite e asma. Esta característica é herdada dos pais. Quando um homem e uma mulher alérgicos têm um filho, a chance desta criança ser alérgica é de cerca de 50%. Por outro lado, mesmo que nenhum dos pais apresente alergia, a criança ainda assim pode vir a tê-la. Os alérgenos mais comuns são a poeira doméstica, ácaros, fungos, pólen e pêlo de gato ou cachorro.

Os sintomas mais comuns são obstrução nasal, espirros, coriza, coceira no nariz, garganta, olhos e ouvidos, tosse e falta de ar. No inverno, a piora destes sintomas se deve a vários fatores. O ar mais frio e a umidade aumentada favorecem o desenvolvimento maior de ácaros e fungos (mofos ou bolores). Além disso, as mudanças bruscas de temperatura, um menor tempo que se passa ao ar livre e uma maior permanência em lugares fechados, o uso de edredons, agasalhos e cobertores guardados por muito tempo, a maior incidência de viroses, gripes e resfriados e a poluição aumentada explicam um aumento considerável de rinite e asma neste período.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, é comum encontrar pacientes que sofrem além da rinite, de asma também, e vice-versa. Isso porque a asma também é causada pela exposição a fatores alérgicos, causando inflamações na mucosa respiratória, daí a tendência de se desenvolverem ambas as doenças. O nariz é a porta de entrada do sistema respiratório, filtrando, umedecendo e aquecendo o ar antes que chegue aos pulmões. Assim, um bom tratamento de rinite alérgica pode até ajudar a controlar as crises de asma. Por isso, é importante avisar ao médico também sobre a presença da asma, para que o tratamento seja o mais eficiente possível.

O tratamento é de grande importância na qualidade de vida dos pacientes, controlando os sintomas e diminuindo as crises. A melhor forma de tratar é a prevenção, com um rigoroso controle ambiental, que quando não é suficiente, o médico lança mão dos medicamentos antialérgicos.

Previna-se, alergia tem tratamento e controle.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quimera


Eu sou néon, quimera, vapor, uma querência.
Sou no través da aragem, a bruma, a cerração,
Que rompe à febre alta, invade na aflição,
Enverga o rumo à torto, de dose em dose, imensa,
A escurecer a rota, em busca da razão.
Alcança a danação, no fim, por recompensa.

Sou eu quem corta o pulso, o ar, eu sou sangrar.
No dia que vai longe, na noite e noutro dia.
Arrasto a vida em vida, no trapo, e vou alem,
Abraço o mal na fúria, o bem na hemorragia,
Que se estanca e cessa, por não querer deixar,
E não por bem gostar, e não por querer bem.

E na aflição, tormento, na face, à procura,
Clarão na fantasia, que ergue e tira a paz.
Sou na derrama toda, o resto da tortura.
E só por eu ser tua, irei te morrer mais.

Glads

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Matheus



Quem puxa ao seu, não degenera!

Manchas Solares



O observatório Big Bear ("Grande Urso"), na Califórnia, Estados Unidos, divulgou a mais detalhada imagem já registrada de uma mancha solar em luz visível. A mancha tem cerca de 13 mil km de diâmetro (maior do que a Terra) e uma temperatura de 3,6 mil °C, muito mais baixa que as regiões ao redor, com 5,8 mil °C.

As formas irregulares ao redor da mancha são conhecidas como granulações e são formadas por gases quentes que são ejetados do Sol, cada uma com 1 mil km de comprimento. A imagem foi registrada pelo Novo Telescópio Solar, o qual utiliza lentes adaptativas, que corrigem distorções da atmosfera.

Segundo a reportagem, cientistas acreditam que estruturas magnéticas, como as manchas solares, são importantes para entendermos melhor a "meteorologia espacial", que se origina no Sol e tem influência direta na Terra. As tempestades solares, por exemplo, podem prejudicar a distribuição de energia e a comunicação, destruir satélites e até expor aviões à radiação.

O que é uma mancha solar?

Ainda de acordo com a reportagem, as manchas solares são regiões com poderosos campos magnéticos emanados pelo Sol. Aparecem escuras por causa da diferença de temperatura com as regiões ao seu redor. Além disso, costumam desaparecer após alguns dias.

domingo, 8 de agosto de 2010

Feliz Dia do Pais


E em especial ao meu Pai, meu grande exemplo...


Hoje bem cedo, me espantei ao ver no espelho,
Não era o mesmo rosto meu que ali estava,
E sim a face experiente do meu velho,
Que sem motivo aparecia e me olhava.

Fechei os olhos apertando-os com firmeza,
Para entender o que passava àquela hora.
Pra meu espanto perguntou com sutileza:
Qual o problema? É o teu pai que te adora!

E assim eu pude perceber a confusão,
E novamente só o meu rosto aparecia,
Não se tratava de nenhuma coisa rara,

E veio a paz e confortou-me o coração,
Ao perceber que em cada ano que eu crescia,
Eu e meu pai tivemos sempre a mesma cara!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Vida Passa


Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
Enlaçemos as mãos.

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.

Fernando Pessoa

1ª imagem 3D mostra restos de estrela a 100 mi de km/h



Astrônomos utilizaram o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), para capturar a primeira imagem tridimensional de uma explosão estelar, também conhecida como supernova. A escolhida foi a SN 1987A, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha à nossa. Essa supernova foi descoberta em 1987 e foi a primeira a ser vista a olho nu em 383 anos. As observações mostraram novos detalhes sobre esses fenômenos, como, por exemplo, a ejeção de material a 100 milhões de km/h, cerca de 10% da velocidade da luz.

As estrelas de grande massa morrem de uma maneira particular, através de uma gigantesca explosão, arremessando uma grande quantidade de material no espaço. A descoberta de SN 1987A permitiu aos astrônomos estudarem melhor esse fenômeno com detalhes nunca antes vistos.

O estudo dessa supernova permitiu, por exemplo, a primeira detecção de neutrinos do núcleo interno da estrela, de elementos radioativos produzidos durante a explosão, a formação de poeira após o fenômeno, entre muitas outras descobertas sobre a morte das grandes estrelas.

Com as novas observações do VLT, o ESO afirma que os astrônomos serão capazes de reconstruir em 3D as partes centrais da explosão. Os cientistas já descobriram que a explosão foi mais forte e rápida em determinadas direções do que em outras, o que levou a um formato irregular, com algumas partes se alongando mais.

O primeiro material ejetado da supernova viajou a 100 milhões de km/h, cerca de 10% da velocidade da luz e 100 mil vezes mais rápido que um jato de passageiros. Apesar da velocidade, esse material demorou 10 anos para atingir o anel de gás e poeira que é formado na fase final da vida da estrela. As imagens indicam que outra onda de material emitido pela explosão viaja cerca de 10 vezes mais lentamente e é aquecido pelos elementos radioativos criados pelo fenômeno.

"Calculamos a distribuição de velocidades do material ejetado pela Supernova 1987A", diz a autora principal do estudo Karina Kjær em comunicado. "Ainda não compreendemos bem como explode uma supernova, mas o modo como a estrela explodiu encontra-se imprimido no material mais interior. Podemos ver que este material não foi ejetado simetricamente em todas as direções, mas parece ter uma direção privilegiada. Além disso, essa direção é diferente daquela que esperávamos, baseados na posição do anel."

As observações comprovariam modelos feitos em computador de como explodem essas estrelas. Esses modelos já mostravam o comportamento assimétrico e também indicavam instabilidades de larga escala na supernova.