O uso de reprodutores de música como IPod, Mp3 e Mp4 com um volume superior aos 80 decibéis está provocando um aumento dos problemas de audição nos jovens de 10 a 35 anos, segundo o divulgado recentemente em um reunião de Otorrinolaringologistas na Europa.
Os presentes em um curso internacional de audiologia que reúniu 50 especialistas destacaram que o número de jovens com traumas sonoros no ouvido cresceu devido ao excessivo volume dos reprodutores de música e, perante esta situação, fizeram um pedido à indústria para "limitar o som".
Os zumbidos, que são ruídos contínuos do ouvido de difícil tratamento, são a principal consequência do volume excessivo, um problema que já afeta 4% da população e, especialmente, pessoas entre 10 e 35 anos. Além do zumbido, os jovens podem desenvolver perda auditiva irreversível.
Um estudo na Espanha calcula que um milhão e meio de pessoas sofram com os zumbidos e, delas, 80% são jovens, um dado alarmante e preocupante, pois são pessoas que viverão o resto da vida com o incômodo do zumbido.
Antigamente, o zumbido estava ligado mais frequentemente a trabalhadores que estavam expostos a muito ruído no trabalho, mas graças à legislação sobre prevenção de riscos trabalhistas e a existência de meios para prevenir o excesso de ruídos, diminuiu-se o número de casos de zumbidos entre os trabalhadores.
No entanto, a patologia em si não foi reduzida devido ao grande aumento de casos entre os jovens como consequência do uso de reprodutores de música digitais.
Um total de 4% da população espanhola e de outros países industrializados padece de ruídos constantes graves no ouvido e 1% da população tem uma situação de gravidade extrema, que influi em sua vida diária, afetando gravemente o estado emocional e psicológico.
Perante esta situação, os Otorrinos recomendam aos jovens que vão para discotecas ou shows, onde ficam a noite toda expostos a som muito alto, e que ao voltarem pra casa ficam com assobios nos ouvidos que persistem por horas que procurem um especialista para iniciar um tratamento preventivo com o objetivo de evitar o surgimento de zumbidos, que podem chegar a ser crônicos, ou seja, durar por toda a vida, e muito incômodos.
O ideal seria um grande passo se os reprodutores de música e vídeo incorporassem um indicador de volume ou um limitador, já que acima de 80 decibéis o ouvido corre perigo. E que essa mesma conduta fosse adotada nas boates e discotecas.
Uma lei neste sentido é urgente e necessária, mas enquanto ela não vem, uma conscientização dos pais orientando seus filhos já é um grande passo.
Vamos proteger a audição de nossos filhos.
